NÍGER ---- O Níger (em francês: Niger), oficialmente República do Níger (em francês: République du Niger), é um país africano limitado a norte pela Argélia e pela Líbia, a leste pelo Chade, a sul pela Nigéria e pelo Benim e a oeste pelo Burkina Faso e pelo Mali, e cuja capital é Niamey
História
Parte do antigo império negro de Songhai, o Níger foi incorporado à África Ocidental Francesa em 1896. Em 1922, o território foi transformado em uma colônia. Em 1958, passa a ser uma república autônoma da comunidade francesa e, em 1960, abandona a comunidade proclamando sua independência. Desde então, os militares são a força política dominante, entrando frequentemente em conflito com os tuaregues.
A descoberta de urânio na década de 1970 provoca um surto de desenvolvimento, que declina com a queda dos preços do produto nos últimos anos. A democratização, a partir de 1993, é frágil.
O presidente Mahamane Ousmane enfrenta descontentamento dos militares pelo atraso no pagamento dos soldos, além do agravamento dos conflitos étnicos.
Em 1993 há combates entre forças do governo e rebeldes tuaregues no nordeste do país. Fracassa uma tentativa de golpe militar. Em janeiro de 1994, a nação concorda com o programa de ajuste econômico do FMI, apesar da resistência popular e da oposição.
Em março, o Clube de Paris reduz pela metade a dívida do Níger, cujo pagamento consumia 47% das exportações.
Em janeiro de 1995, a oposição obtém maioria nas eleições para a Assembleia Nacional. Em abril, governo e rebeldes tuaregues assinam acordo de paz que prevê anistia a ex-guerrilheiros e investimentos no norte do país.
Em janeiro de 1996, militares liderados pelo brigadeiro-general Ibrahim Barre Maïnassara dão um golpe de Estado, suspendem a Constituição e os partidos políticos.
Boukary Adji é indicado primeiro-ministro, em substituição a Hama Amadou, preso no golpe. Em maio, nova Constituição é aprovada em referendo popular em que votam 35% dos eleitores.
Maïnassara vence as eleições presidenciais fixadas pela nova Constituição, provocando violentos protestos em Niamei, a capital.
Em 1997, Maïnassara dissolve o governo duas vezes. Em abril, nomeia um novo primeiro-ministro, Amadou Cissé. Mas ele é demitido em novembro e substituído por Ibrahim Hassane Mayaki.
Em 18 de fevereiro de 2010, uma junta militar, comandada por Salou Djibo, derrubou o presidente Mamadou Tandja, que se encontrava há dez anos no poder e, tendo dissolvido o Parlamento e o Tribunal Constitucional, conseguira prorrogar seu mandato por pelo menos mais três anos, por meio de um referendo em agosto de 2009.
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LIBÉRIA
A Libéria, oficialmente República da Libéria, é uma república presidencialista localizada na África Ocidental. Faz fronteira ao norte com a Serra Leoa e Guiné, a leste com a Costa do Marfim e a sul e oeste com o Oceano Atlântico. Segundo o censo de 2008, a população do país é de 3 955 000 habitantes,[2] divididos em uma área de 111.369 quilômetros quadrados.[3]
A cidade de Monróvia é sua capital. A Libéria possui um clima quente equatorial, com chuvas intensas na estação chuvosa e ventos na estação seca. A vegetação é composta, na maior parte, por florestas de mangue, enquanto o interior é escassamente povoado de florestas, com predominância de pastagens secas.
A história da Libéria é única entre as nações africanas, devido à sua relação com os Estados Unidos. É um dos dois únicos países da África Subsaariana, juntamente com a Etiópia, sem raízes na disputa européia pela África. Foi fundada e colonizada por escravos americanos libertos com a ajuda de uma organização privada chamada American Colonization Society, entre 1821 e 1822, na premissa de que o ex-escravos americanos teriam maior liberdade e igualdade nesta nova nação.[4]
Escravos libertos dos navios negreiros também foram enviados para a Libéria, em vez de serem repatriados para seus países de origem.[5] Estes colonos criaram um grupo de elite da sociedade da Libéria, e, em 1847, fundaram a República da Libéria, que instituiu um governo inspirado nos Estados Unidos, nomeando Monróvia como sua capital, homenageando James Monroe, o quinto presidente dos Estados Unidos e um proeminente defensor da colonização.
Um golpe militar liderado em 1980 derrubou o então presidente William Richard Tolbert, Jr., marcando o início de um período de instabilidade que levou a duas guerras civis no país, que deixaram centenas de milhares de mortos e devastou a economia do país. Hoje, a Libéria está a recuperar dos efeitos nefastos da guerra civil e as perturbações económicas conexas.
História
O nascimento da Libéria ocorreu no século XIX em resultado da ação da Sociedade Americana de Colonização, organização criada por Robert Finley nos Estados Unidos em 1816, cujo objetivo era levar para a África negros livres ou negros que tinham sido libertos da escravatura. De acordo com uma opinião prevalecente em alguns setores da população dos Estados Unidos da época, os negros não seriam nunca capazes de se integrar na sociedade do país. O regresso a África seria uma solução para evitar certos "perigos" imaginados como resultado da presença negra, como o casamento interracial ou a criminalidade.
Em 1821, a Sociedade Americana de Colonização conseguiu adquirir uma parcela de terra perto da área do Cabo Mesurado, onde se fixariam os primeiros colonos negros oriundos dos Estados Unidos. Em 1824 a colónia recebeu o nome de Libéria (do latim, "terra livre").
A 26 de Julho de 1847 a Libéria declarou a sua independência, tornando-se o primeiro país da África a se tornar independente. O país dotou-se de uma constituição decalcada da Constituição dos Estados Unidos, adoptando símbolos nacionais (bandeira, brasão de armas e lema) que reflectem a origem e experiência dos fundadores do país nos Estados Unidos. O primeiro Presidente do país foi Joseph Jenkins Roberts, um negro natural do estado da Virginia. O partido True Whig dominou a vida política desde o nascimento do país até 1980.
O estabelecimento dos colonos americanos no território não se fez pacificamente, tendo sido contestado pelas populações negras autóctones, que foram excluídas da cidadania até 1904. A soberania do Estado sobre o interior foi difícil devido à contestação destas populações, para além do facto do país se ter confrontado com as ambições territoriais da Grã-Bretanha e da França. Com estes países a Libéria assina em 1892 e 1911 respectivamente tratados que definiram as fronteiras atuais. A Libéria enfrentou também dificuldades financeiras que foram atenuadas por empréstimos concedidos pelos Estados Unidos e pela Grã-Bretanha.
Durante a Primeira Guerra Mundial a Libéria declarou guerra à Alemanha (Agosto de 1917). Nos anos vinte o país atravessou uma crise financeira que foi mitigada graças a um empréstimo de cinco milhões de doláres por parte da empresa Firestone em troca de uma concessão de terras para as plantações de borracha da companhia.
Em 1943 a Libéria elegeu como presidente William V. S. Tubman, reeleito nas sucessivas sete eleições e que faleceu no exercício do mandato em 1971. Este período foi marcado por uma aproximação com os Estados Unidos e pelas tentativas de proporcionar à população um melhor nível de vida, utilizando os rendimentos proporcionados pela exploração do minério de ferro para construir novas escolas, hospitais e estradas.
O sucessor de Tubman, William Tolbert Jr., governou o pais até 1980, quando foi deposto e executado a mando do sargento Samuel Doe. Nas eleições de 1985,os candidatos da oposição foram impedidos de participar do pleito e Doe é eleito presidente.
Em 1989, guerrilheiros da Frente Patriótica Nacional da Libéria iniciaram uma rebelião para derrubar o governo. No ano seguinte, o presidente Doe é preso e executado por guerrilheiros de uma facção rival da NPFL.
Wellyngton 481
Neste blog vamos falar sobre a Peninsula dos Balcãs e mostrar imagens deste lugar.
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Gana, Togo
GANA ---
Gana, oficialmente República do Gana (em inglês: Republic of Ghana) é um país da África ocidental, limitado a norte pelo Burkina Faso, a leste pelo Togo, a sul pelo Golfo da Guiné e a oeste pela Costa do Marfim. A capital e maior cidade de Gana é Acra. A palavra Gana é significa "Warrior King" e é derivado do antigo Império Gana.
Gana foi habitada em tempos pré-coloniais por um numero de antigos reinos predominantes chamados de Akan, incluindo os povos do reino anterior chamados de Império Ashanti, o Akwamu, o Akyem, o Bonoman, o Denkyira, e o Fanti, entre outros. Os não Akan formaram um povo chamado de Ga, assim como os Bonoman. Antes do contato com os europeus o comércio entre os Akan e vários estados africanos floresceu devido à riqueza do ouro Akan. O comércio com os países europeus começaram após o contato com o Império Português no século XV, e os ingleses estabeleceram a Costa do Ouro como colônia em 1874 sobre as peças, mas não todo o país.
A Costa do Ouro alcançado a independência do Reino Unido em 1957, se tornar a primeira nação Africana a fazê-lo do colonialismo europeu. O nome Gana foi escolhido para a nova nação para refletir no antigo Império de Gana, uma vez que estendeu por grande parte da África ocidental.
Gana é um membro da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul, a Organização das Nações Unidas, a Comunidade das Nações, a União Africana, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, e um membro associado da Francofonia. Gana é um dos maiores produtores de grão de cacau do mundo, e é também a casa do Lago Volta, o maior lago artificial do mundo em superfície.
História
Há evidências arqueológicas mostrando que os seres humanos viveram na atual Gana desde a Idade do Bronze[13]. No entanto, até o século XI, a maioria da área moderna de Gana foi em grande parte desocupado[14]. Embora a área da atual Gana vem experimentando muitos movimentos populacionais, os principais grupos étnicos em Gana hoje foram firmemente estabelecida por volta do século XVI[15]. No início do século XI, o Akan foram firmemente estabelecidos em um estado chamado Bonoman, para o qual a Região de Brong-Ahafo fora firmado[16]. Os estados Ga e Dagomba foram estabelecidas no século XVI[15].
A história do Gana previamente ao último quarto do século XV deriva basicamente da tradição oral, que refere às migrações dos reinos antigos de Sahel — atualmente a Mauritânia e Mali.
O primeiro contato de Gana com os europeus data do ano de 1470, quando um grupo de portugueses desembarcou e começou a negociar com o Rei de "Elmina". Em 1482, os portugueses construíram o Castelo de São Jorge da Mina e tornou-se uma importante feitoria permanente. Em 1557 a 1578, os portugueses dominaram até Acra. Durante os seguintes 3 séculos, os ingleses, portugueses, suecos, dinamarqueses, holandeses e alemães controlaram várias partes da costa de Gana, naquele tempo chamada de Costa do Ouro. Os portugueses perderam grande parte da sua área de controle (incorporada na Costa do Ouro Portuguesa) em 1642 e foi cedida aos holandeses. No início do século XIX, os ingleses conseguiram dominar toda a Costa do Ouro, tornando-a numa colónia, afastando todos os concorrentes europeus e derrotando os reinos nativos (localizados no interior do país).
Em 1957 conquistou sua independência com o lema: "é melhor ser independente para governar sozinho, bem ou mal, do que ser governados pelos outros". O país foi renomeado para Gana devido às indicações que os atuais habitantes descendem de povos que se movimentaram para Sul do Império Gana. Um dos aspectos mais interessantes da história do Gana é o retorno de libertos afro-brasileiros, formando uma comunidade chamada Tabom, que inicialmente estabeleceu-se na capital Acra, no bairro de Jamestown.
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Togo
O Togo, oficialmente República Togolesa, é um país africano, limitado a norte por Burkina Faso, a leste por Benin, a sul pelo Golfo da Guiné e a oeste por Gana. Capital: Lomé. Localizado no oeste da África, Togo é constituído por um estreito território que reúne povos de diferentes origens. O grupo étnico euê, o mais numeroso (45,4% da população), concentra-se no sul, perto do litoral, a região mais desenvolvida. A maioria dos habitantes vive da agricultura, cujos principais produtos são o algodão e a cana-de-açúcar. O país é importante centro de comércio regional graças ao porto de sua capital, Lomé.
História
Do século XIV ao XVI, povos de língua ewe, provenientes da Nigéria, colonizaram o atual território do Togo. Outras tribos de língua ane (ou mina) emigraram de regiões hoje ocupadas por Gana e Costa do Marfim, depois do século XVII. Durante o século XVIII, os dinamarqueses praticaram na costa de Togo um bem-sucedido comércio de escravos. Até o século XIX, o país constituiu uma linha divisória entre os estados indígenas de Ashanti e Daomé.
Em 1847 chegaram alguns missionários alemães e, em 1884, vários chefes da região costeira aceitaram a proteção da Alemanha.[3] A administração alemã, ainda que eficiente, impôs trabalhos forçados aos nativos.
Os alemães foram desalojados durante a Primeira Guerra Mundial e, em 1922, a Liga das Nações dividiu o Togo entre o Reino Unido e a França.[4] Em 1946, esses dois países colocaram seus territórios sob a custódia das Nações Unidas. Em 1960 a porção britânica foi incorporada ao território da Costa do Ouro (atual Gana), enquanto os territórios franceses se transformaram na República Autônoma de Togo em 1956. O país conquistou a independência completa em 1960,[5] embora tenha continuado a manter estreitas relações econômicas com a França.
As relações do Togo com Gana foram difíceis enquanto Kwame Nkrumah presidiu o país vizinho, mas melhoraram após sua deposição. Durante a década de 1960, assassínios políticos e golpes de estado culminaram em 1967 com a ascensão do general Étienne Gnassingbe Eyadema ao poder. Uma nova constituição foi adotada em 1979 e Eyadema proclamou a terceira república togolesa. Em 1982, o fechamento de fronteiras decretado por Gana para conter o contrabando resultou em conflitos entre os dois países. Em 1985, o regime de Eyadema começou a se liberalizar. O general convocou em 1991 uma Conferência Nacional que suspendeu a constituição e elegeu Joseph Koffigoh, um civil, para o cargo de primeiro-ministro.
Em 2006 concordam em formar um governo de transição o governo e a oposição
Niquele 481
Gana, oficialmente República do Gana (em inglês: Republic of Ghana) é um país da África ocidental, limitado a norte pelo Burkina Faso, a leste pelo Togo, a sul pelo Golfo da Guiné e a oeste pela Costa do Marfim. A capital e maior cidade de Gana é Acra. A palavra Gana é significa "Warrior King" e é derivado do antigo Império Gana.
Gana foi habitada em tempos pré-coloniais por um numero de antigos reinos predominantes chamados de Akan, incluindo os povos do reino anterior chamados de Império Ashanti, o Akwamu, o Akyem, o Bonoman, o Denkyira, e o Fanti, entre outros. Os não Akan formaram um povo chamado de Ga, assim como os Bonoman. Antes do contato com os europeus o comércio entre os Akan e vários estados africanos floresceu devido à riqueza do ouro Akan. O comércio com os países europeus começaram após o contato com o Império Português no século XV, e os ingleses estabeleceram a Costa do Ouro como colônia em 1874 sobre as peças, mas não todo o país.
A Costa do Ouro alcançado a independência do Reino Unido em 1957, se tornar a primeira nação Africana a fazê-lo do colonialismo europeu. O nome Gana foi escolhido para a nova nação para refletir no antigo Império de Gana, uma vez que estendeu por grande parte da África ocidental.
Gana é um membro da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul, a Organização das Nações Unidas, a Comunidade das Nações, a União Africana, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, e um membro associado da Francofonia. Gana é um dos maiores produtores de grão de cacau do mundo, e é também a casa do Lago Volta, o maior lago artificial do mundo em superfície.
História
Há evidências arqueológicas mostrando que os seres humanos viveram na atual Gana desde a Idade do Bronze[13]. No entanto, até o século XI, a maioria da área moderna de Gana foi em grande parte desocupado[14]. Embora a área da atual Gana vem experimentando muitos movimentos populacionais, os principais grupos étnicos em Gana hoje foram firmemente estabelecida por volta do século XVI[15]. No início do século XI, o Akan foram firmemente estabelecidos em um estado chamado Bonoman, para o qual a Região de Brong-Ahafo fora firmado[16]. Os estados Ga e Dagomba foram estabelecidas no século XVI[15].
A história do Gana previamente ao último quarto do século XV deriva basicamente da tradição oral, que refere às migrações dos reinos antigos de Sahel — atualmente a Mauritânia e Mali.
O primeiro contato de Gana com os europeus data do ano de 1470, quando um grupo de portugueses desembarcou e começou a negociar com o Rei de "Elmina". Em 1482, os portugueses construíram o Castelo de São Jorge da Mina e tornou-se uma importante feitoria permanente. Em 1557 a 1578, os portugueses dominaram até Acra. Durante os seguintes 3 séculos, os ingleses, portugueses, suecos, dinamarqueses, holandeses e alemães controlaram várias partes da costa de Gana, naquele tempo chamada de Costa do Ouro. Os portugueses perderam grande parte da sua área de controle (incorporada na Costa do Ouro Portuguesa) em 1642 e foi cedida aos holandeses. No início do século XIX, os ingleses conseguiram dominar toda a Costa do Ouro, tornando-a numa colónia, afastando todos os concorrentes europeus e derrotando os reinos nativos (localizados no interior do país).
Em 1957 conquistou sua independência com o lema: "é melhor ser independente para governar sozinho, bem ou mal, do que ser governados pelos outros". O país foi renomeado para Gana devido às indicações que os atuais habitantes descendem de povos que se movimentaram para Sul do Império Gana. Um dos aspectos mais interessantes da história do Gana é o retorno de libertos afro-brasileiros, formando uma comunidade chamada Tabom, que inicialmente estabeleceu-se na capital Acra, no bairro de Jamestown.
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Togo
O Togo, oficialmente República Togolesa, é um país africano, limitado a norte por Burkina Faso, a leste por Benin, a sul pelo Golfo da Guiné e a oeste por Gana. Capital: Lomé. Localizado no oeste da África, Togo é constituído por um estreito território que reúne povos de diferentes origens. O grupo étnico euê, o mais numeroso (45,4% da população), concentra-se no sul, perto do litoral, a região mais desenvolvida. A maioria dos habitantes vive da agricultura, cujos principais produtos são o algodão e a cana-de-açúcar. O país é importante centro de comércio regional graças ao porto de sua capital, Lomé.
História
Do século XIV ao XVI, povos de língua ewe, provenientes da Nigéria, colonizaram o atual território do Togo. Outras tribos de língua ane (ou mina) emigraram de regiões hoje ocupadas por Gana e Costa do Marfim, depois do século XVII. Durante o século XVIII, os dinamarqueses praticaram na costa de Togo um bem-sucedido comércio de escravos. Até o século XIX, o país constituiu uma linha divisória entre os estados indígenas de Ashanti e Daomé.
Em 1847 chegaram alguns missionários alemães e, em 1884, vários chefes da região costeira aceitaram a proteção da Alemanha.[3] A administração alemã, ainda que eficiente, impôs trabalhos forçados aos nativos.
Os alemães foram desalojados durante a Primeira Guerra Mundial e, em 1922, a Liga das Nações dividiu o Togo entre o Reino Unido e a França.[4] Em 1946, esses dois países colocaram seus territórios sob a custódia das Nações Unidas. Em 1960 a porção britânica foi incorporada ao território da Costa do Ouro (atual Gana), enquanto os territórios franceses se transformaram na República Autônoma de Togo em 1956. O país conquistou a independência completa em 1960,[5] embora tenha continuado a manter estreitas relações econômicas com a França.
As relações do Togo com Gana foram difíceis enquanto Kwame Nkrumah presidiu o país vizinho, mas melhoraram após sua deposição. Durante a década de 1960, assassínios políticos e golpes de estado culminaram em 1967 com a ascensão do general Étienne Gnassingbe Eyadema ao poder. Uma nova constituição foi adotada em 1979 e Eyadema proclamou a terceira república togolesa. Em 1982, o fechamento de fronteiras decretado por Gana para conter o contrabando resultou em conflitos entre os dois países. Em 1985, o regime de Eyadema começou a se liberalizar. O general convocou em 1991 uma Conferência Nacional que suspendeu a constituição e elegeu Joseph Koffigoh, um civil, para o cargo de primeiro-ministro.
Em 2006 concordam em formar um governo de transição o governo e a oposição
Niquele 481
Benim, Costa do Marfim
O Benim, oficialmente designado como República do Benim , é um país da região ocidental da África limitado a norte pelo Burkina Faso e pelo Níger, a leste pela Nigéria, a sul pela Enseada do Benim e a oeste pelo Togo.
A capital constitucional é a cidade de Porto-Novo, mas Cotonou é a sede do governo e a maior cidade do país. O país tem 112 622 km² e uma população de quase 9 milhões de habitantes[2] (2009). Do século XVII ao século XIX, Benin foi governada pelo Reino de Daomé. Esta região foi referida como a Costa dos Escravos, desde as do século XVII devido ao grande número de escravos embarcados para o Novo Mundo durante o tráfico negreiro transatlântico. Após a escravidão ser abolida, a França tomou conta do país e rebatizou Daomé francês. Em 1960, Daomé ganhou a independência total da França, trazendo um governo democrático para os próximos 12 anos[9]. Antiga colónia francesa, o país alcançou independência em 1 de agosto de 1960, com o nome de República de Daomé. Em 1975 o país adotou o atual nome de Benim, em razão de o país ser banhado a sul pela Baía de Benim.
Etimologia
Durante o período colonial e no momento da independência, o país foi conhecido como Dahomey. Foi rebatizado em 30 de novembro de 1975, para Benin [10] depois que o corpo de água em que o país se encontra - o golfo de Benin - que, por sua vez, tinha sido nomeado após o Império do Benim. O país de Benin não tem ligação directa a Benin City da Nigéria moderna, nem para os bronzes de Benin.
O novo nome, Benin, foi escolhido pela sua neutralidade. Dahomey foi o nome do ex-Reino do Daomé, que cobria apenas o terço sul do país presente e, portanto, não representam o setor noroeste Atakora nem o Reino de Borgu, que cobria a terceira do nordeste
História
O território onde o Benim se situa era ocupado no período pré-colonial por pequenas monarquias tribais, das quais a mais poderosa foi a do reinado Fon de Daomé. A partir do século XVII, os portugueses estabelecem entrepostos no litoral, conhecido então como Costa dos Escravos. Os negros capturados eram vendidos no Brasil e no Caribe. No século XIX, a França, em campanha para abolir o comércio de escravos, entra em guerra com reinos locais. Em 1892, o reinado Fon é subjugado e o país torna-se protetorado francês, com o nome de Daomé.
No tratado franco-alemão de 1897 e no anglo-francês de 1898 ficaram fixos os limites definitivos da colónia. Em 1904 integra-se na África Ocidental Francesa. O atual país é o resultado artificial da expansão colonial francesa que uniu os antigos reinos do povo Fon (Daomé e Porto Novo) com numerosos povos do interior, formando a colónia de Dahomey (Daomé).
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A Costa do Marfim (em francês: Côte d'Ivoire), oficialmente República da Costa do Marfim (em francês: République de Côte d'Ivoire), é um país africano, limitado a norte pelo Mali e pelo Burkina Faso, a leste pelo Gana, a sul pelo Oceano Atlântico e a oeste pela Libéria e pela Guiné. Sua capital é Yamoussoukro.
Denomina-se ebúrneo, marfinês, costa-marfinês ou ainda costa-marfinense a quem é natural da Costa do Marfim.
Apesar de comumente se usar em português o nome Costa do Marfim(Ivory Coast em inglês, Elfenbeinküste em alemão), o governo marfinês solicitou à comunidade internacional em outubro de 1985 que o país seja designado apenas por Côte d'Ivoire
As populações indígenas estiveram política e socialmente isoladas até épocas muito recentes. Os antecessores da população atual se instalaram na área entre os séculos XVIII e XIX. Os exploradores portugueses chegaram no século XV e iniciaram o comércio de marfim e escravos do litoral. No século XVII estabeleceram-se diferentes Estados negros, entre os quais se destacou o dos baules por suas atividades artísticas. No final do século, os franceses fundaram os entrepostos de Assini e Grand-Bassam e, no século XIX, celebraram uma política de pactos com os chefes locais com o objetivo de estabelecer uma colônia. Em 1887 iniciou-se a penetração para o interior. A região se tornou uma colônia autônoma em 1893. Em 1899, passou a fazer parte da Federação da África Ocidental Francesa. A ocupação militar ocorreu entre 1908 e 1918, enquanto se construía a linha férrea entre o litoral e Bobo-Dioulasso, hoje pertencente a Burkina Faso.
Em 1919, a parte norte da colônia se tornou independente. Abidjan permaneceu sob jurisdição francesa durante a Segunda Guerra Mundial, embora a França estivesse ocupada pelos alemães. Em 1944, foi criado o Sindicato Agrícola Africano, que deu origem ao Partido Democrático da Costa do Marfim (Parti Démocratique de la Côte d'Ivoire). Entre 1950 e 1954, foi construído seu porto. Em 1958, foi proclamada a República da Costa do Marfim, como república autônoma dentro da Communauté française (Comunidade Francesa) e, em 1960, alcançou a independência plena.
Foi eleito presidente Félix Houphouët-Boigny, líder do Parti Démocratique de la Côte d'Ivoire--Rassemblement Démocratique Africain, até 1990 foi a única agremiação política legal no país. Com um alinhamento político pró-ocidental, a Costa do Marfim esteve em foco na década de 1970, ao tentar intervir pela via das negociações na resolução do apartheid na África do Sul.
As eleições de 1990, a primeira em que houve uma disputa real pelo poder, foram disputadas por todos os partidos políticos já legalizados, tendo o presidente Houphouët-Boigny sido reeleito para um sétimo mandato. Também em 1990 o Papa João Paulo II visitou a Costa do Marfim, onde consagrou, em Yamoussoukro, uma suntuosa basílica, oficialmente construída às expensas do presidente. Houphouët-Boigny, apesar de numerosas tentativas de golpes de estado e da instabilidade social provocada por crises econômicas, manteve-se no poder desde a independência até dezembro de 1993, quando faleceu.
O antigo presidente da Assembléia Nacional (Parlamento), Henri Konan Bedié, assumiu a presidência da República em 1993 e foi confirmado no cargo em 1995. No dia 24 de dezembro de 1999, um golpe de Estado, comandado pelo general Robert Guel (Robert Guéï), destituiu o presidente Konan Bedié, que se refugiou na Embaixada da França e depois no Togo. O general Guel convocou todos os partidos políticos para formarem um governo de transição e prometeu que o retorno à democracia seria rápido. Esse foi o primeiro golpe de estado no país desde a sua independência em 1960.
Robert Guéï foi assassinado durante um levantamento encabeçado pelo Movimento Patriótico da Costa do Marfim em 2002. Foi sucedido por Laurent Gbagbo.
A Costa do Marfim desempenha importante papel na África e dentro da Entente.
Guerra civil da Costa do Marfim (2002-2004): O norte se rebelou. 10.000 boinas azuis da ONUCM (Força de Paz da ONU na Costa do Marfim), dentre os quais 4600 soldados franceses da Licorne (operação militar francesa para a Costa do Marfim) foram posicionadas entre os beligerantes.
Fernanda Santos 481
A capital constitucional é a cidade de Porto-Novo, mas Cotonou é a sede do governo e a maior cidade do país. O país tem 112 622 km² e uma população de quase 9 milhões de habitantes[2] (2009). Do século XVII ao século XIX, Benin foi governada pelo Reino de Daomé. Esta região foi referida como a Costa dos Escravos, desde as do século XVII devido ao grande número de escravos embarcados para o Novo Mundo durante o tráfico negreiro transatlântico. Após a escravidão ser abolida, a França tomou conta do país e rebatizou Daomé francês. Em 1960, Daomé ganhou a independência total da França, trazendo um governo democrático para os próximos 12 anos[9]. Antiga colónia francesa, o país alcançou independência em 1 de agosto de 1960, com o nome de República de Daomé. Em 1975 o país adotou o atual nome de Benim, em razão de o país ser banhado a sul pela Baía de Benim.
Etimologia
Durante o período colonial e no momento da independência, o país foi conhecido como Dahomey. Foi rebatizado em 30 de novembro de 1975, para Benin [10] depois que o corpo de água em que o país se encontra - o golfo de Benin - que, por sua vez, tinha sido nomeado após o Império do Benim. O país de Benin não tem ligação directa a Benin City da Nigéria moderna, nem para os bronzes de Benin.
O novo nome, Benin, foi escolhido pela sua neutralidade. Dahomey foi o nome do ex-Reino do Daomé, que cobria apenas o terço sul do país presente e, portanto, não representam o setor noroeste Atakora nem o Reino de Borgu, que cobria a terceira do nordeste
História
O território onde o Benim se situa era ocupado no período pré-colonial por pequenas monarquias tribais, das quais a mais poderosa foi a do reinado Fon de Daomé. A partir do século XVII, os portugueses estabelecem entrepostos no litoral, conhecido então como Costa dos Escravos. Os negros capturados eram vendidos no Brasil e no Caribe. No século XIX, a França, em campanha para abolir o comércio de escravos, entra em guerra com reinos locais. Em 1892, o reinado Fon é subjugado e o país torna-se protetorado francês, com o nome de Daomé.
No tratado franco-alemão de 1897 e no anglo-francês de 1898 ficaram fixos os limites definitivos da colónia. Em 1904 integra-se na África Ocidental Francesa. O atual país é o resultado artificial da expansão colonial francesa que uniu os antigos reinos do povo Fon (Daomé e Porto Novo) com numerosos povos do interior, formando a colónia de Dahomey (Daomé).
Independência
O país conseguiu a independência da França em 1 de agosto de 1960 (tal como muitos outros países africanos nessa década), sob a denominação de Daomé ("Dahomey"). O seu primeiro presidente foi Hubert Maga, que foi destituído três anos depois. A partir de 1963, o país mergulha na instabilidade política, com seis sucessivos golpes militares.Período marxista
Em 1972 um grupo de oficiais subalternos tomou o poder e instituiu um regime esquerdista, liderado pelo major Mathieu Kérékou, que governaria até 1990. Kérékou nacionalizou companhias estrangeiras, estatizou empresas privadas de grande porte e criou programas populares de saúde e educação. A doutrina oficial do Estado nessa altura foi o marxismo-leninismo, mas a agricultura e o comércio permaneceram em mãos privadas. Em 1975, o país passaria a designar-se República Popular do Benim. O regime político entra em crise na década de 1980, e o governo recorre a empréstimos estrangeiros. Uma onda de protestos, em 1989, leva Kérékou a promover uma abertura política e econômica. Com a instituição do pluripartidarismo, surgem mais de cinquenta partidos. Nicéphore Soglo, chefe do governo de transição formado em 1990, é eleito presidente em 1991.Tempos recentes
Em 5 de março de 2006 realizaram-se eleições presidenciais consideradas livres e justas. A corrida foi a uma segunda volta, disputada entre Yayi Boni e Adrien Houngbédji. A segunda volta realizou-se em 19 de março, e foi ganha por Boni, que tomou posse em 6 de abril. O êxito do sistema multipartidário no Benim foi louvado internacionalmente. O país é considerado como um modelo de democracia em África, mas a sua instituição é ainda muito recente.----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
COSTA DO MARFIM
Denomina-se ebúrneo, marfinês, costa-marfinês ou ainda costa-marfinense a quem é natural da Costa do Marfim.
Apesar de comumente se usar em português o nome Costa do Marfim(Ivory Coast em inglês, Elfenbeinküste em alemão), o governo marfinês solicitou à comunidade internacional em outubro de 1985 que o país seja designado apenas por Côte d'Ivoire
As populações indígenas estiveram política e socialmente isoladas até épocas muito recentes. Os antecessores da população atual se instalaram na área entre os séculos XVIII e XIX. Os exploradores portugueses chegaram no século XV e iniciaram o comércio de marfim e escravos do litoral. No século XVII estabeleceram-se diferentes Estados negros, entre os quais se destacou o dos baules por suas atividades artísticas. No final do século, os franceses fundaram os entrepostos de Assini e Grand-Bassam e, no século XIX, celebraram uma política de pactos com os chefes locais com o objetivo de estabelecer uma colônia. Em 1887 iniciou-se a penetração para o interior. A região se tornou uma colônia autônoma em 1893. Em 1899, passou a fazer parte da Federação da África Ocidental Francesa. A ocupação militar ocorreu entre 1908 e 1918, enquanto se construía a linha férrea entre o litoral e Bobo-Dioulasso, hoje pertencente a Burkina Faso.
Em 1919, a parte norte da colônia se tornou independente. Abidjan permaneceu sob jurisdição francesa durante a Segunda Guerra Mundial, embora a França estivesse ocupada pelos alemães. Em 1944, foi criado o Sindicato Agrícola Africano, que deu origem ao Partido Democrático da Costa do Marfim (Parti Démocratique de la Côte d'Ivoire). Entre 1950 e 1954, foi construído seu porto. Em 1958, foi proclamada a República da Costa do Marfim, como república autônoma dentro da Communauté française (Comunidade Francesa) e, em 1960, alcançou a independência plena.
Foi eleito presidente Félix Houphouët-Boigny, líder do Parti Démocratique de la Côte d'Ivoire--Rassemblement Démocratique Africain, até 1990 foi a única agremiação política legal no país. Com um alinhamento político pró-ocidental, a Costa do Marfim esteve em foco na década de 1970, ao tentar intervir pela via das negociações na resolução do apartheid na África do Sul.
As eleições de 1990, a primeira em que houve uma disputa real pelo poder, foram disputadas por todos os partidos políticos já legalizados, tendo o presidente Houphouët-Boigny sido reeleito para um sétimo mandato. Também em 1990 o Papa João Paulo II visitou a Costa do Marfim, onde consagrou, em Yamoussoukro, uma suntuosa basílica, oficialmente construída às expensas do presidente. Houphouët-Boigny, apesar de numerosas tentativas de golpes de estado e da instabilidade social provocada por crises econômicas, manteve-se no poder desde a independência até dezembro de 1993, quando faleceu.
O antigo presidente da Assembléia Nacional (Parlamento), Henri Konan Bedié, assumiu a presidência da República em 1993 e foi confirmado no cargo em 1995. No dia 24 de dezembro de 1999, um golpe de Estado, comandado pelo general Robert Guel (Robert Guéï), destituiu o presidente Konan Bedié, que se refugiou na Embaixada da França e depois no Togo. O general Guel convocou todos os partidos políticos para formarem um governo de transição e prometeu que o retorno à democracia seria rápido. Esse foi o primeiro golpe de estado no país desde a sua independência em 1960.
Robert Guéï foi assassinado durante um levantamento encabeçado pelo Movimento Patriótico da Costa do Marfim em 2002. Foi sucedido por Laurent Gbagbo.
A Costa do Marfim desempenha importante papel na África e dentro da Entente.
Guerra civil da Costa do Marfim (2002-2004): O norte se rebelou. 10.000 boinas azuis da ONUCM (Força de Paz da ONU na Costa do Marfim), dentre os quais 4600 soldados franceses da Licorne (operação militar francesa para a Costa do Marfim) foram posicionadas entre os beligerantes.
Fernanda Santos 481
África Ocidental
A África Ocidental é uma região no oeste da África, que inclui os países na costa oriental do Oceano Atlântico e alguns que partilham a parte ocidental do deserto do Saara.
Os países que são normalmente considerados parte da África Ocidental são:
A sub-subregião que estabelece a transição entre o deserto do Saara e a região equatorial é denominada Sahel.
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MAURITÂNIA ---A Mauritânia, oficialmente República Islâmica da Mauritânia é um país situado no noroeste da África. Situa-se na região do deserto do Saara, e faz fronteira com o oceano Atlântico a oeste, com o Senegal a sudoeste, Mali a leste e sudeste, com a Argélia a nordeste e com o Marrocos a noroeste. Recebeu o nome da antiga província romana da Mauritânia, que posteriormente batizou um reino berbere da região. A capital e maior cidade é Nouakchott, localizada na costa do Atlântico.
HISTÓRIA ---
Do século V ao século VII, a migração de tribos berberes do Norte da África expulsou da região os bafours, habitantes originais da atual Mauritânia, ancestrais dos soninquês. Os bafours eram primordialmente agricultores, e estavam entre os primeiros povos do Saara a abandonar o seu estilo de vida tradicionalmente nômade. Com o gradual processo de desertificação da região, migraram para o sul. Seguiu-se uma migração em massa do povo que habitava a região do Saara Central para a África Ocidental, até que em 1076 monges-guerreiros islâmicos (almorávidas) atacaram e conquistaram o antigo Império Gana, e assumiram o controle da região. Pelos próximos 500 anos os árabes foram a casta dominante da sociedade local, enfrentando resistência feroz da população local (tanto berberes quanto não-berberes), da qual a Guerra de Char Bubá (1644-1674) foi o esforço derradeiro e malsucedido. Esta guerra colocou a população da Mauritânia contra invasores árabes da tribo maquil, vindos do Iêmen, liderados pela tribo dos Beni Hassan. Os descendentes desta tribo tornaram-se a hassane, camada mais alta da sociedade moura. Os berberes mantiveram sua influência por terem a maior parte dos marabutos - indivíduos que preservam e ensinam a tradição islâmica. Muitas das tribos berberes alegam origem iemenita (ou árabe em geral), porém há pouca evidência que comprove o fato, embora existam estudos que façam uma ligação entre os dois povos.[3] O hassaniya, um dialeto árabe influenciado pelo berbere, cujo nome é derivado de Beni Hassan, tornou-se o idioma dominante entre a população nômade da época.
A colonização francesa gradualmente absorveu os territórios da atual Mauritânia e Senegal a partir do início do século XIX. Em 1901 o militar francês Xavier Coppolani assumiu o controle da missão colonial. Através de uma combinação de alianças estratégicas com as tribos zawiya e pressão militar sobre os guerreiros nômades hassane, Coppolani conseguiu ampliar o domínio francês por todos os emirados mauritanos: Trarza, Brakna e Tagant rapidamente se submeteram a tratados com os poderes coloniais (1903-1904), porém o emirado de Adrar, situado ao norte, resistiu por mais tempo, auxiliado pela rebelião anticolonial (jihad) do xeque Maa al-Aynayn. Foi derrotado militarmente em 1912, e incorporado ao território da Mauritânia, que havia sido estabelecido em 1904. A Mauritânia passaria a fazer parte da África Ocidental Francesa a partir de 1920.
A dominação francesa trouxe proibições legais contra a escravidão, e pôs um fim às guerras entre os diferentes clãs. Durante o período colonial a população continuou nômade, porém diversos povos sedentários, cujos ancestrais haviam sido expulsos séculos atrás, começaram a retornar aos poucos à Mauritânia. Quando o país obteve sua independência, em 1960, e a capital Nouakchott foi fundada, no local duma pequena aldeia colonial, Ksar, 90% ainda era nômade. Com a independência, muitas populações indígenas da África subsaariana, como os haalpulaar, soninquês, e wolof, entraram na Mauritânia, movendo-se para a área ao norte do rio Senegal. Educados no idioma e nos costumes franceses, muitos destes recém-chegados tornaram-se funcionários, soldados e administradores do novo estado. Este fato, em conjunto com a opressão militar dos franceses, especialmente contra tribos hassane mais intransigentes, do norte do país, predominantemente mouro, afetou os antigos equilíbrios de poder, e criou novos motivos para conflito entre as populações subsaarianas do sul do país e os mouros e berberes do norte. Entre estes grupos estavam os haratin, uma enorme população de escravos arabizados, devidamente inseridos na sociedade moura, e integrados numa casta inferior. A escravidão é até hoje em dia uma prática comum no país, embora ilegal.[4]
Os mouros reagiram a estas mudanças, e aos apelos dos nacionalistas árabes do exterior, através de uma maior pressão para arabizar diversos aspectos da vida mauritana, como as leis e o idioma. Um cisma acabou por desenvolver-se entre os mouros que consideram a Mauritânia um país árabe, e aqueles que desejam um papel dominante para os povos não-mouros, com diversos modelos para a contenção da diversidade cultural do país tendo sido sugeridos sem que qualquer um deles tenha sido implementado com sucesso. Esta discórdia étnica ficou evidente durante os episódios de violência intercomunitária que eclodiram em abril de 1989 (eventos de 1989 e conflito senegalo-mauritano), que já arrefeceram. A tensão étnica e a questão delicada da escravidão - tanto no passado como, em diversas áreas do país, no presente - ainda é um tema de muita força no debate político nacional; porém um número significativo de pessoas de todos os grupos parece procurar uma sociedade mais diversa e pluralista.
POLITICA--
A situação política da Mauritânia sempre foi determinada mais por indivíduos e tribos específicas do que por ideologias. A habilidade dos líderes em exercer seu poder político esteve sempre intimamente ligada ao controle dos recursos, à visão comunitária a respeito de sua habilidade e integridade e considerações tribais, étnicas, familiares e pessoais. O conflito entre os chamados "mouros brancos", "mouros negros" (haratine) e grupos étnicos não mouros (haal pulaars, soninquês, uólofes e bambaras), com ênfase no idioma, propriedade de terras e outras questões, continua a ser o principal desafio à unidade nacional.
A burocracia governamental é composta de ministérios tradicionais, além de agências especiais e companhias paraestatais. O Ministério do Interior comanda um sistema de governadores e prefeitos regionais, que seguem o modelo do sistema francês de administração local. Sob este sistema, a Mauritânia se divide em treze regiões (wilaya), incluindo o distrito da capital, Nouakchott. O controle está fortemente centralizado no ramo executivo do governo central; no entanto, uma série de eleições nacionais e municipalis desde 1992 já produziram alguma descentralização, ainda que limitada em seu escopo.
A Mauritânia, juntamente com o Marrocos, anexou o território vizinho do Saara Ocidental em 1976, capturando o terço sul do país a pedido da antiga potência colonial, Espanha. Após diversas derrotas militares na luta contra a resistência local, o Polisário, fortemente armada e apoiada pela Argélia, a Mauritânia foi forçada a recuar em 1979 e sua parte foi tomada pelo Marrocos. Devido à sua economia enfraquecida, a Mauritânia tem tido um papel pouco significante nas discussões sobre as disputas territoriais daquele país e sua posição oficial é de que ela deseja uma solução rápida que seja aceita unanimamente por todas as partes envolvidas. Enquanto o antigo Saara Espanhol ou Ocidental acabou sendo incorporado ao Marrocos, a Organização das Nações Unidas ainda o considera um território que precisa expressar seus desejos a respeito da sua soberania e planeja um futuro referendo a este respeito.
O Ministro do Exterior da Mauritânia Ahmed Sid’Ahmed e seu equivalente israelense David Levy assinaram um acordo em Washington, DC, nos Estados Unidos, em 28 de outubro de 1999, estabelecendo as relações diplomáticas entre os dois países, na presença da secretária de estado estadunidense Madeleine Albright. A Mauritânia se juntou ao Egito e à Jordânia como únicos membros da Liga Árabe a ter embaixadores em Israel.
Em 31 de janeiro de 2008, o representante permanente da República da Armênia nas Nações Unidas, Armen Martirosyan, assinou um protocolo com Abderahim Ould Hadrami, representante da Mauritânia, estabelecendo as relações diplomáticas entre os dois países.
Em 6 de agosto de 2008, ocorreu um golpe militar que depôs o governo civil eleito democraticamente em 2007. Presidente e primeiro-ministro foram presos. A rádio e a televisão nacionais saíram do ar pouco antes do anúncio.
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MALI
Mali, cujo nome oficial é República do Mali, é um país africano sem saída para o mar na África Ocidental. Mali é o sétimo maior país da África. Limita-se com sete países, a norte pela Argélia, a leste pelo Níger, a oeste pela Mauritânia e Senegal e ao sul pela Costa do Marfim, Guiné e Burkina Fasso. Seu tamanho é de 1.240.000 km². Sua população é estimada em cerca de 12 milhões de habitantes. Sua capital é Bamako.
Formada por 8 regiões, o Mali tem fronteiras ao norte, no meio ao Deserto do Saara, enquanto a região sul, onde vive a maioria de seus habitantes, está próximo aos rios Níger e Senegal. Alguns dos recursos naturais em Mali são o ouro, o urânio e o sal.
O atual território do Mali foi sede de três impérios da África Ocidental que controlava o comércio transaariano: o Império Gana, o Império Mali (que deu o nome de Mali ao país), e o Império Songhai. No final do século XIX, Mali ficou sob o controle da França, tornando-se parte do Sudão francês. Em 1960, Mali conquistou a independência, juntamente com o Senegal, tornando-se a Federação do Mali. Um ano mais tarde, a Federação do Mali se dividiu em dois países: Mali e Senegal. Depois de um tempo em que havia apenas um partido político, um golpe em 1991 levou à escritura de uma nova Constituição e à criação do Mali como uma nação democrática, com um sistema pluripartidário. Quase a metade de sua população vive abaixo da linha de pobreza, com menos de 1 dólar por dia.
POLITICA E GOVERNO ---
Mali é uma democracia constitucional regida pela constituição de 12 de janeiro de 1992, que foi revista em 1999. A constituição prevê a separação entre os poderes executivo, legislativo e judiciário. O sistema de governo pode ser descrito como "semipresidencialista".
O poder executivo é representado pelo presidente, que tem um prazo de 5 anos e está limitada a dois mandatos. O presidente é também o chefe de estado e o comandante. O primeiro-ministro é nomeado pelo presidente e atua como chefe de governo que, por sua vez, nomeia os membros do Conselho de Ministros. A Assembleia Nacional unicameral é o único órgão legislativo do Mali e é composta de deputados eleitos para um mandato de 5 anos. Após as eleições de 2007, a Aliança para a Democracia e Progresso ganhou 113 dos 160 assentos na assembleia. A assembleia tem duas sessões ordinárias por ano, durante os quais se discutem e votam as leis feitas por um membro ou pelo governo.
A Constituição de Mali prevê a independência jurídica, mas o Poder Executivo exerce influência sobre o Judiciário sob o seu poder de nomear juízes e supervisionar tanto as funções judiciais como a sua aplicação em lei. Os tribunais do Mali de maior hierarquia são o Tribunal Supremo, que tem competências judiciais e administrativas, e um Tribunal Constitucional independente que proporciona controle jurisdicial de atos legislativos e serve como um árbitro eleitoral. Existem vários tribunais menores, ainda que os chefes de aldeia e anciãos são responsáveis por resolver os conflitos sobre a aldeia local.
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NIGÉRIA
Nigéria, oficialmente República Federal da Nigéria, é uma república constituicional federal, compreendendo trinta e seis estados e um Território da Capital Federal. O país é localizado na África Ocidental e compartilha fronteiras terrestres com a República de Benin no oeste, Chade e Camarões no leste, e Níger ao norte. Sua costa está no Golfo da Guiné, uma parte do Oceano Atlântico, ao sul. A capital é a cidade de Abuja. Os três maiores e mais influentes grupos étnicos na Nigéria são os Hauçás, Igbos e Iorubás.
O povo da Nigéria tem uma extensa história; evidências arqueológicas mostram que a ocupação humana da área remonta a, pelo menos, 9000 a.C.A área do Rio Benue é considerada a moradia original dos migrantes Bantos, que se espalharam pela parte central e sul da África em épocas entre o Primeiro milénio a.C. e o Segundo milénio d.C..
A Nigéria é o país mais populoso da África e o oitavo país mais populoso do mundo; com uma população de mais de 148 milhões de habitantes, o país contém a maior população 'negra' no mundo. É uma potência regional, está listado entre as economias "Próximos Onze", e é um membro da Commonwealth. A economia da Nigéria é uma das com o crescimento mais rápido do mundo; o Fundo Monetário Internacional projetou um crescimento de 9% no país em 2008 e 8.3% em 2009. A maioria da população do país vive na pobreza absoluta.
ETIMOLOGIA ----- O nome "Nigéria" foi criado de uma fusão das palavras niger (termo inglês para "negro") e area (termo inglês para "área"), que se referiam ao Rio Níger, na proximidades da Nigéria. Esse nome foi criado por Flora Shaw, futura esposa do Barão Lugard, uma administradora colonial britânica, no final do século XIX
HISTÓRIA----
O Império Kanem-Bornu, próximo ao Lago Chade, dominou a parte norte da Nigéria por mais de 600 anos, prosperando como rota de comércio entre os bárbaros norte-africanos e o povo da floresta. No começo do século XIX, Usman dan Fodio reuniu a maior parte das áreas do norte sob o controle de um império islâmico tendo como centro Sokoto. Ambos os reinos de Oyo, no sudoeste, e Benin, no sudeste, desenvolveram sistemas elaborados de organização política nos séculos XV, XVI e XVII.
Até 1471, navios portugueses haviam descido o litoral africano até o delta do Rio Níger. Em 1481 emissários do rei de Portugal visitaram a corte do oba de Benin, com o qual mantiveram por um tempo laços estreitos, usufruindo de monopólio comercial até o fim do século XVI.[11]
Entre os séculos XVII e XIX, comerciantes europeus estabeleceram portos costeiros para o aumento do tráfico de escravos(prisioneiros de guerra das tribos africanas mais fortes e dominadoras regionais) para as Américas, concorrendo fortemente com os árabes neste comércio. O comércio de commodities substituiu o de escravos no século XIX.
A Compania Real do Níger foi criada pelo governo britânico em 1886 e, em 1900, criou os protetorados britânicos do Norte da Nigéria e do Sul da Nigéria. Estes protetorados foram fundidos em 1914, para formar a colônia da Nigéria. Em resposta ao crescimento do nacionalismo nigeriano ao final da Segunda Guerra Mundial, o governo britânico iniciou um processo de transição da colônia para um governo próprio com base federal, concedendo independência total em 1960, tornando-se a Nigéria uma federação de três regiões, cada uma contendo uma parcela de autonomia (Norte, Leste e Oeste).
Em 1966, dois golpes sucessivos por diferentes grupos militares deixaram o país sob uma ditadura militar. Os líderes do segundo golpe tentaram aumentar o poder do governo federal, e substituíram os governos regionais por doze governos estaduais. Os igbos, grupo dominante etnicamente na região leste, declararam independência como a República de Biafra em 1967, iniciando uma sangrenta guerra civil que terminou com sua derrota.
Em 1975, um golpe pacífico levou Murtala Ramat Mohammed ao poder, que prometeu um retorno ao estado civil. Entretanto, ele foi morto em seguida, tendo como sucessor Olusegun Obasanjo. Uma nova constituição foi promulgada em 1977 e eleições foram realizadas em 1979, sendo ganhas por Shehu Shagari.
A Nigéria retornou ao governo militar em 1983, através de um golpe que estabeleceu o Supremo Conselho Militar como o novo órgão regulamentador do país. Depois das eleições de 1993, que foram canceladas pelo governo militar, o general Sani Abacha subiu ao poder. Quando ele morreu subitamente em 1998, Abdulsalami Abubakar tornou-se o líder do conselho, agora conhecido como o Conselho Provisório de Regulamentação. Ele anulou a suspensão da constituição de 1979 e, em 1999, a Nigéria elegeu Olusegun Obasanjo como presidente nas suas primeiras eleições em dezesseis anos. Obasanjo e seu partido também ganharam as turbulentas eleições de 2003
Postado por: Thainá Braga da Silva Turma: 481 Número: 26
Os países que são normalmente considerados parte da África Ocidental são:
- Benim, Burkina Faso, Costa do Marfim, Gana, Guiné, Libéria, Mali, Mauritânia, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.
- Camarões, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Gabão e São Tomé e Príncipe.
A sub-subregião que estabelece a transição entre o deserto do Saara e a região equatorial é denominada Sahel.
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MAURITÂNIA ---A Mauritânia, oficialmente República Islâmica da Mauritânia é um país situado no noroeste da África. Situa-se na região do deserto do Saara, e faz fronteira com o oceano Atlântico a oeste, com o Senegal a sudoeste, Mali a leste e sudeste, com a Argélia a nordeste e com o Marrocos a noroeste. Recebeu o nome da antiga província romana da Mauritânia, que posteriormente batizou um reino berbere da região. A capital e maior cidade é Nouakchott, localizada na costa do Atlântico.
HISTÓRIA ---
Do século V ao século VII, a migração de tribos berberes do Norte da África expulsou da região os bafours, habitantes originais da atual Mauritânia, ancestrais dos soninquês. Os bafours eram primordialmente agricultores, e estavam entre os primeiros povos do Saara a abandonar o seu estilo de vida tradicionalmente nômade. Com o gradual processo de desertificação da região, migraram para o sul. Seguiu-se uma migração em massa do povo que habitava a região do Saara Central para a África Ocidental, até que em 1076 monges-guerreiros islâmicos (almorávidas) atacaram e conquistaram o antigo Império Gana, e assumiram o controle da região. Pelos próximos 500 anos os árabes foram a casta dominante da sociedade local, enfrentando resistência feroz da população local (tanto berberes quanto não-berberes), da qual a Guerra de Char Bubá (1644-1674) foi o esforço derradeiro e malsucedido. Esta guerra colocou a população da Mauritânia contra invasores árabes da tribo maquil, vindos do Iêmen, liderados pela tribo dos Beni Hassan. Os descendentes desta tribo tornaram-se a hassane, camada mais alta da sociedade moura. Os berberes mantiveram sua influência por terem a maior parte dos marabutos - indivíduos que preservam e ensinam a tradição islâmica. Muitas das tribos berberes alegam origem iemenita (ou árabe em geral), porém há pouca evidência que comprove o fato, embora existam estudos que façam uma ligação entre os dois povos.[3] O hassaniya, um dialeto árabe influenciado pelo berbere, cujo nome é derivado de Beni Hassan, tornou-se o idioma dominante entre a população nômade da época.
A colonização francesa gradualmente absorveu os territórios da atual Mauritânia e Senegal a partir do início do século XIX. Em 1901 o militar francês Xavier Coppolani assumiu o controle da missão colonial. Através de uma combinação de alianças estratégicas com as tribos zawiya e pressão militar sobre os guerreiros nômades hassane, Coppolani conseguiu ampliar o domínio francês por todos os emirados mauritanos: Trarza, Brakna e Tagant rapidamente se submeteram a tratados com os poderes coloniais (1903-1904), porém o emirado de Adrar, situado ao norte, resistiu por mais tempo, auxiliado pela rebelião anticolonial (jihad) do xeque Maa al-Aynayn. Foi derrotado militarmente em 1912, e incorporado ao território da Mauritânia, que havia sido estabelecido em 1904. A Mauritânia passaria a fazer parte da África Ocidental Francesa a partir de 1920.
A dominação francesa trouxe proibições legais contra a escravidão, e pôs um fim às guerras entre os diferentes clãs. Durante o período colonial a população continuou nômade, porém diversos povos sedentários, cujos ancestrais haviam sido expulsos séculos atrás, começaram a retornar aos poucos à Mauritânia. Quando o país obteve sua independência, em 1960, e a capital Nouakchott foi fundada, no local duma pequena aldeia colonial, Ksar, 90% ainda era nômade. Com a independência, muitas populações indígenas da África subsaariana, como os haalpulaar, soninquês, e wolof, entraram na Mauritânia, movendo-se para a área ao norte do rio Senegal. Educados no idioma e nos costumes franceses, muitos destes recém-chegados tornaram-se funcionários, soldados e administradores do novo estado. Este fato, em conjunto com a opressão militar dos franceses, especialmente contra tribos hassane mais intransigentes, do norte do país, predominantemente mouro, afetou os antigos equilíbrios de poder, e criou novos motivos para conflito entre as populações subsaarianas do sul do país e os mouros e berberes do norte. Entre estes grupos estavam os haratin, uma enorme população de escravos arabizados, devidamente inseridos na sociedade moura, e integrados numa casta inferior. A escravidão é até hoje em dia uma prática comum no país, embora ilegal.[4]
Os mouros reagiram a estas mudanças, e aos apelos dos nacionalistas árabes do exterior, através de uma maior pressão para arabizar diversos aspectos da vida mauritana, como as leis e o idioma. Um cisma acabou por desenvolver-se entre os mouros que consideram a Mauritânia um país árabe, e aqueles que desejam um papel dominante para os povos não-mouros, com diversos modelos para a contenção da diversidade cultural do país tendo sido sugeridos sem que qualquer um deles tenha sido implementado com sucesso. Esta discórdia étnica ficou evidente durante os episódios de violência intercomunitária que eclodiram em abril de 1989 (eventos de 1989 e conflito senegalo-mauritano), que já arrefeceram. A tensão étnica e a questão delicada da escravidão - tanto no passado como, em diversas áreas do país, no presente - ainda é um tema de muita força no debate político nacional; porém um número significativo de pessoas de todos os grupos parece procurar uma sociedade mais diversa e pluralista.
POLITICA--
A situação política da Mauritânia sempre foi determinada mais por indivíduos e tribos específicas do que por ideologias. A habilidade dos líderes em exercer seu poder político esteve sempre intimamente ligada ao controle dos recursos, à visão comunitária a respeito de sua habilidade e integridade e considerações tribais, étnicas, familiares e pessoais. O conflito entre os chamados "mouros brancos", "mouros negros" (haratine) e grupos étnicos não mouros (haal pulaars, soninquês, uólofes e bambaras), com ênfase no idioma, propriedade de terras e outras questões, continua a ser o principal desafio à unidade nacional.
A burocracia governamental é composta de ministérios tradicionais, além de agências especiais e companhias paraestatais. O Ministério do Interior comanda um sistema de governadores e prefeitos regionais, que seguem o modelo do sistema francês de administração local. Sob este sistema, a Mauritânia se divide em treze regiões (wilaya), incluindo o distrito da capital, Nouakchott. O controle está fortemente centralizado no ramo executivo do governo central; no entanto, uma série de eleições nacionais e municipalis desde 1992 já produziram alguma descentralização, ainda que limitada em seu escopo.
A Mauritânia, juntamente com o Marrocos, anexou o território vizinho do Saara Ocidental em 1976, capturando o terço sul do país a pedido da antiga potência colonial, Espanha. Após diversas derrotas militares na luta contra a resistência local, o Polisário, fortemente armada e apoiada pela Argélia, a Mauritânia foi forçada a recuar em 1979 e sua parte foi tomada pelo Marrocos. Devido à sua economia enfraquecida, a Mauritânia tem tido um papel pouco significante nas discussões sobre as disputas territoriais daquele país e sua posição oficial é de que ela deseja uma solução rápida que seja aceita unanimamente por todas as partes envolvidas. Enquanto o antigo Saara Espanhol ou Ocidental acabou sendo incorporado ao Marrocos, a Organização das Nações Unidas ainda o considera um território que precisa expressar seus desejos a respeito da sua soberania e planeja um futuro referendo a este respeito.
O Ministro do Exterior da Mauritânia Ahmed Sid’Ahmed e seu equivalente israelense David Levy assinaram um acordo em Washington, DC, nos Estados Unidos, em 28 de outubro de 1999, estabelecendo as relações diplomáticas entre os dois países, na presença da secretária de estado estadunidense Madeleine Albright. A Mauritânia se juntou ao Egito e à Jordânia como únicos membros da Liga Árabe a ter embaixadores em Israel.
Em 31 de janeiro de 2008, o representante permanente da República da Armênia nas Nações Unidas, Armen Martirosyan, assinou um protocolo com Abderahim Ould Hadrami, representante da Mauritânia, estabelecendo as relações diplomáticas entre os dois países.
Em 6 de agosto de 2008, ocorreu um golpe militar que depôs o governo civil eleito democraticamente em 2007. Presidente e primeiro-ministro foram presos. A rádio e a televisão nacionais saíram do ar pouco antes do anúncio.
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MALI
Mali, cujo nome oficial é República do Mali, é um país africano sem saída para o mar na África Ocidental. Mali é o sétimo maior país da África. Limita-se com sete países, a norte pela Argélia, a leste pelo Níger, a oeste pela Mauritânia e Senegal e ao sul pela Costa do Marfim, Guiné e Burkina Fasso. Seu tamanho é de 1.240.000 km². Sua população é estimada em cerca de 12 milhões de habitantes. Sua capital é Bamako.
Formada por 8 regiões, o Mali tem fronteiras ao norte, no meio ao Deserto do Saara, enquanto a região sul, onde vive a maioria de seus habitantes, está próximo aos rios Níger e Senegal. Alguns dos recursos naturais em Mali são o ouro, o urânio e o sal.
O atual território do Mali foi sede de três impérios da África Ocidental que controlava o comércio transaariano: o Império Gana, o Império Mali (que deu o nome de Mali ao país), e o Império Songhai. No final do século XIX, Mali ficou sob o controle da França, tornando-se parte do Sudão francês. Em 1960, Mali conquistou a independência, juntamente com o Senegal, tornando-se a Federação do Mali. Um ano mais tarde, a Federação do Mali se dividiu em dois países: Mali e Senegal. Depois de um tempo em que havia apenas um partido político, um golpe em 1991 levou à escritura de uma nova Constituição e à criação do Mali como uma nação democrática, com um sistema pluripartidário. Quase a metade de sua população vive abaixo da linha de pobreza, com menos de 1 dólar por dia.
POLITICA E GOVERNO ---
Mali é uma democracia constitucional regida pela constituição de 12 de janeiro de 1992, que foi revista em 1999. A constituição prevê a separação entre os poderes executivo, legislativo e judiciário. O sistema de governo pode ser descrito como "semipresidencialista".
O poder executivo é representado pelo presidente, que tem um prazo de 5 anos e está limitada a dois mandatos. O presidente é também o chefe de estado e o comandante. O primeiro-ministro é nomeado pelo presidente e atua como chefe de governo que, por sua vez, nomeia os membros do Conselho de Ministros. A Assembleia Nacional unicameral é o único órgão legislativo do Mali e é composta de deputados eleitos para um mandato de 5 anos. Após as eleições de 2007, a Aliança para a Democracia e Progresso ganhou 113 dos 160 assentos na assembleia. A assembleia tem duas sessões ordinárias por ano, durante os quais se discutem e votam as leis feitas por um membro ou pelo governo.
A Constituição de Mali prevê a independência jurídica, mas o Poder Executivo exerce influência sobre o Judiciário sob o seu poder de nomear juízes e supervisionar tanto as funções judiciais como a sua aplicação em lei. Os tribunais do Mali de maior hierarquia são o Tribunal Supremo, que tem competências judiciais e administrativas, e um Tribunal Constitucional independente que proporciona controle jurisdicial de atos legislativos e serve como um árbitro eleitoral. Existem vários tribunais menores, ainda que os chefes de aldeia e anciãos são responsáveis por resolver os conflitos sobre a aldeia local.
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NIGÉRIA
Nigéria, oficialmente República Federal da Nigéria, é uma república constituicional federal, compreendendo trinta e seis estados e um Território da Capital Federal. O país é localizado na África Ocidental e compartilha fronteiras terrestres com a República de Benin no oeste, Chade e Camarões no leste, e Níger ao norte. Sua costa está no Golfo da Guiné, uma parte do Oceano Atlântico, ao sul. A capital é a cidade de Abuja. Os três maiores e mais influentes grupos étnicos na Nigéria são os Hauçás, Igbos e Iorubás.
O povo da Nigéria tem uma extensa história; evidências arqueológicas mostram que a ocupação humana da área remonta a, pelo menos, 9000 a.C.A área do Rio Benue é considerada a moradia original dos migrantes Bantos, que se espalharam pela parte central e sul da África em épocas entre o Primeiro milénio a.C. e o Segundo milénio d.C..
A Nigéria é o país mais populoso da África e o oitavo país mais populoso do mundo; com uma população de mais de 148 milhões de habitantes, o país contém a maior população 'negra' no mundo. É uma potência regional, está listado entre as economias "Próximos Onze", e é um membro da Commonwealth. A economia da Nigéria é uma das com o crescimento mais rápido do mundo; o Fundo Monetário Internacional projetou um crescimento de 9% no país em 2008 e 8.3% em 2009. A maioria da população do país vive na pobreza absoluta.
ETIMOLOGIA ----- O nome "Nigéria" foi criado de uma fusão das palavras niger (termo inglês para "negro") e area (termo inglês para "área"), que se referiam ao Rio Níger, na proximidades da Nigéria. Esse nome foi criado por Flora Shaw, futura esposa do Barão Lugard, uma administradora colonial britânica, no final do século XIX
HISTÓRIA----
O Império Kanem-Bornu, próximo ao Lago Chade, dominou a parte norte da Nigéria por mais de 600 anos, prosperando como rota de comércio entre os bárbaros norte-africanos e o povo da floresta. No começo do século XIX, Usman dan Fodio reuniu a maior parte das áreas do norte sob o controle de um império islâmico tendo como centro Sokoto. Ambos os reinos de Oyo, no sudoeste, e Benin, no sudeste, desenvolveram sistemas elaborados de organização política nos séculos XV, XVI e XVII.
Até 1471, navios portugueses haviam descido o litoral africano até o delta do Rio Níger. Em 1481 emissários do rei de Portugal visitaram a corte do oba de Benin, com o qual mantiveram por um tempo laços estreitos, usufruindo de monopólio comercial até o fim do século XVI.[11]
Entre os séculos XVII e XIX, comerciantes europeus estabeleceram portos costeiros para o aumento do tráfico de escravos(prisioneiros de guerra das tribos africanas mais fortes e dominadoras regionais) para as Américas, concorrendo fortemente com os árabes neste comércio. O comércio de commodities substituiu o de escravos no século XIX.
A Compania Real do Níger foi criada pelo governo britânico em 1886 e, em 1900, criou os protetorados britânicos do Norte da Nigéria e do Sul da Nigéria. Estes protetorados foram fundidos em 1914, para formar a colônia da Nigéria. Em resposta ao crescimento do nacionalismo nigeriano ao final da Segunda Guerra Mundial, o governo britânico iniciou um processo de transição da colônia para um governo próprio com base federal, concedendo independência total em 1960, tornando-se a Nigéria uma federação de três regiões, cada uma contendo uma parcela de autonomia (Norte, Leste e Oeste).
Em 1966, dois golpes sucessivos por diferentes grupos militares deixaram o país sob uma ditadura militar. Os líderes do segundo golpe tentaram aumentar o poder do governo federal, e substituíram os governos regionais por doze governos estaduais. Os igbos, grupo dominante etnicamente na região leste, declararam independência como a República de Biafra em 1967, iniciando uma sangrenta guerra civil que terminou com sua derrota.
Em 1975, um golpe pacífico levou Murtala Ramat Mohammed ao poder, que prometeu um retorno ao estado civil. Entretanto, ele foi morto em seguida, tendo como sucessor Olusegun Obasanjo. Uma nova constituição foi promulgada em 1977 e eleições foram realizadas em 1979, sendo ganhas por Shehu Shagari.
A Nigéria retornou ao governo militar em 1983, através de um golpe que estabeleceu o Supremo Conselho Militar como o novo órgão regulamentador do país. Depois das eleições de 1993, que foram canceladas pelo governo militar, o general Sani Abacha subiu ao poder. Quando ele morreu subitamente em 1998, Abdulsalami Abubakar tornou-se o líder do conselho, agora conhecido como o Conselho Provisório de Regulamentação. Ele anulou a suspensão da constituição de 1979 e, em 1999, a Nigéria elegeu Olusegun Obasanjo como presidente nas suas primeiras eleições em dezesseis anos. Obasanjo e seu partido também ganharam as turbulentas eleições de 2003
Postado por: Thainá Braga da Silva Turma: 481 Número: 26
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