Os Bálcãs é uma região montanhosa no sudoeste da Europa, também chamado de Cárpatos, entre o leste da Sérvia e o Mar Negro. O termo Bálcãs esta ligado diretamente as relações com sua história violenta de guerras e hostilidades entre etnias. A península balcânica, como a península ibérica e a península italiana, está inserida na Europa Meridional, uma das regiões menos desenvolvidas e esquecidas do continente europeu. Faz fronteira com a Itália, a oeste, ao norte com a Bulgária e Hungria, a leste, engloba a porção européia da Turquia (Trácia) e ao sul com a Grécia. O foco principal são os países interligados que formavam o antigo Reino da Iugoslávia: Albânia, Bósnia-Herzegovina, Bulgária, Croácia, Montenegro, República da Macedônia, Sérvia, Kosovo, Romênia e a Eslovênia.
Os incessantes conflitos surgem desde 1880, se manteve por duas grandes guerras mundiais, sob o poder do antigo Reino da Iugoslávia, até a invasão nazista em 1941. Durante este período surge à figura da resistência iugoslava, o comandante croata, Josip Broz Tito, que além das inserções estrangeiras, sofria com revoltas internas, sua popularidade marcante fez com que conseguisse a coesão nacional expulsando os inimigos, graças a isto, chegou ao poder em 1945.
O Marechal Tito, como ficou conhecido, estabeleceu o sistema de governo como república socialista, mas não se associou à União das Republica Socialistas Soviéticas, da Rússia e garantiu direitos iguais a todos, adotando uma postura mais branda com a população e os trabalhadores. O local permaneceu em paz até a sua morte, em 1980, associada ao colapso do comunismo que abalou a federação, a separação foi inevitável, dividindo a Iugoslávia em vários estados independentes.
Apesar da interferência das Nações Unidas em Kosovo, então ainda uma província da Sérvia, a discórdia explode intensamente. Da noite para o dia amigos se tornaram inimigos, famílias inteiras são separadas e obrigadas a fugir para outros países. Apoiado pelo Exército, o líder nacionalista Slobodan Milosevic assume a Presidência da Sérvia em 1989 e procura firmar o domínio sérvio sobre a federação, fazendo uma “limpeza étnica” aos seus opositores, como Hitler na Alemanha nazista o fez. A declaração de independência da Eslovênia, da Croácia e da Macedônia em 1991, dá início à desintegração e a luta armada. As mais sangrentas ocorrem na Bósnia-Herzegóvina, a partir de 1992.
A batalha entre sérvios, bósnios e croatas, atravessa os anos 90, um milhão e duzentas mil pessoas morrem, a mais grave guerra em solo europeu desde a II Guerra Mundial. Um fato a ser dito, além de motivos de ideais políticos, a religião é um dos fatores do conflito: 88% dos croatas são católicos romanos, 90% dos bósnios seguem o Islão e 99% dos sérvios são cristãos ortodoxos. A desavença e a discriminação entre esses povos tornaram-se algo cotidiano, as Intervenções dos europeus e até dos Estados Unidos, se mostraram um fracasso. A região seguia um caminho parecido com o da briga entre palestinos e israelenses no Oriente Médio. Um conflito de ódio eterno.
Com a queda de Slobodan Milosevic, “O Carniceiro dos Bálcãs” um dos homens mais cureis da história, que através de atrocidades desumanas e insanas, dizimou centenas de pessoas e aos ataques sucessivos da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), na qual fazem parte a Bulgária, Turquia, Grécia, Romênia entre outros, finalmente acordos de paz foram assinados e a região está menos tensa, os governos permanecem estáveis com independências reconhecidas. Kosovo declarou independência em 17 de fevereiro 2008, tornando-se o um dos mais novos países da Europa, mas a governo sérvio ainda reivindica a região. A OTAN continua no local como garantia de tranqüilidade.
Com a entrada da Bulgária e Romênia na União Européia, começam a surgir incentivos para o turismo na região, principalmente no turismo de aventura, pois são regiões belíssimas e desconhecidas com grande potencial. Incríveis paisagens como montanhas, vales e rios, cidades balneários com rica história e peculiar arquitetura, foram antes da guerra, lugares muito visitados por europeus em busca de lazer. Porém, por mais que possa ser interessante, um destino turístico, onde há conflitos e violência, o turismo é evitado. O Brasil está incluído em um desses locais, por causa da “guerrilha urbana” que ocorre diariamente em nossas capitais, como vemos todos os dias nos principais meios de comunicação, nada diferente do que acontece em Israel, nos países da África, em Timor Leste, no Haiti e outros tantos, contudo nossos governantes continuam cegos e como diz o ditado: ”o pior cego é aquele que não vê.”
Feito por: Renan santos da silva Nº:24 Turma:481
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